10 jan 2025sex 20:00
Imagem: Marina Magnelli
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Ingressos:
R$ 30,00 (antecipado)
R$ 35,00 (na hora)
Saxofonista, flautista e compositor paulista Dado Magnelli lança seu 7° álbum, ‘Violeta’.
Projeto foi primeiramente lançado no Japão, onde o artista fez turnê no 1º semestre de 2024. Além da mistura de ritmos, característica do trabalho, nova gravação chega agora, em formato de fita K7.
A cor violeta, além de representar a criatividade, também é usada para trazer equilíbrio e harmonia a um ambiente. Rica em significados, serve para criar um toque de mistério e espiritualidade. É também uma forma de dar identidade a um projeto musical como uma gravação. São alguns dos motivos que fizeram o saxofonista, flautista, compositor e arranjador paulista Dado Magnelli colocar esse nome no 7º álbum, Violeta (selo CD Baby/www.cdbaby.com/plataformas digitais). A novidade é que, além dessas plataformas, o lançamento será em fita K7 (ou cassete), para resgatar esse formato.
“Ao mesmo tempo, violeta é um nome que carrega a alegria e a tristeza, juntos. O álbum traz ambos os sentimentos. Diria que há também uma carga emocional forte, foi período de muita inspiração/emoções, decorrentes do nascimento de meu filho”, diz Dado. O roteiro vai de chorinho (Banho de espuma) a valsa (Violeta), passando por afoxê (Ele chegou) e fox/choro (Lua de mel).
A fita K7, quando apareceu nos anos 1960, foi uma revolução, difundindo a possibilidade de se gravar e reproduzir som. Recursos tecnológicos foram sendo incorporados ao longo do tempo tornando a qualidade melhor. No final dos anos 1970 com a invenção do Walkman, um reprodutor de bolso com fones de ouvido, houve a explosão desse tipo de som. O aparecimento do CD fez a K7 perder espaço nos anos 1990, mas ela foi voltando, como item de colecionador e agora parece que para ficar. Vários artistas têm lançado.
O álbum Violeta é definido por Magnelli: “De certa forma, sigo uma estética semelhante do ponto de vista de sonoridade. O Brasil é muito rico em termos de ritmos, isso me inspira. Fora a inspiração que vem do mundo. O importante é não se fechar. O diferencial do último CD, é que este gravei em quarteto. Chego com a música mas a partir disso faço questão que todos participem, opinando e criando caminhos”. A banda é Daniel Grajew (piano), Felipe Gianei (baixo) e Douglas Alonso (bateria/agogô).
Dado conta sobre a experiência recente de ter viajado ao Japão e a forma como o povo japonês recebe e incentiva a música que ele faz. “Desde o lançamento do disco Minha Cidade (2010), notei pelas estatísticas dos distribuidores digitais que na Ásia minha música é 10 vezes mais ouvida do que no Brasil. Desde então, venho tentando encontrar uma forma de ir fazer shows. Em 2024, finalmente consegui e me estimulou a registrar estas músicas que estavam em meu caderno. Foi uma experiência transformadora. Me estimulou a me tornar mais ativo na criação artística, apesar das grandes dificuldades que enfrentamos!”
Essa fita, com obra da artista visual Cris Burger é outro ponto que Magnelli gosta de destacar: “Faz anos que sonho com a idéia de fazer uma capa com uma obra dela. É uma artista visual que admiro. É um tesouro escondido. Uma artista brilhante, conhecida por poucos. Sou um deles”.
Dado Magnelli é apelido e nome artístico desse paulistano que começou cedo na música. Aos três anos já fazia aulas de piano. Mais tarde veio a flauta transversal e o saxofone e, por este último foi estudar na Manhattan School of Music (Nova York/EUA/1998-2003). Nesse período tocou com vários músicos, entre eles, o lendário pianista brasileiro, radicado nos EUA, Dom Salvador. No Brasil, atuou em bandas de Paulinho da Viola, Carlinhos Brown, Fátima Guedes, Mariana Aydar e Céu. Tem 7 discos, entre eles Whisky com Guaraná (2002) e Zanzando (2014).
Jazz brasileiro, ou a mistura de ritmos brasileiros com jazz, é como Dado define seu som: “Quando voltei ao Brasil fiz um estudo aprofundado de percussão brasileira que já havia começado em Nova York. Aqui, dei continuidade com minha participação na bateria da Escola de Samba Vai Vai e posteriormente com o estudo de bateria. Além disso, pratico piano clássico e popular. Tudo isso me ajuda a desenvolver uma linguagem de improvisação brasileira.”